A mobilidade elétrica é um importante contributo para a mobilidade sustentável e para o aumento da eficiência energética no transporte. Espera-se que este contributo seja cada vez maior, à medida que aumenta a autonomia dos veículos elétricos e o número de postos de carregamento em todo o país, levando assim a um número crescente de utilizadores desta nova forma de mobilidade.
São menos poluentes, apresentam um excelente desempenho, dado que o binário é constante e está disponível de imediato, a autonomia é cada vez maior, assim como a disponibilidade da rede de carregamento, e os custos de manutenção são bastante mais reduzidos se compararmos com os veículos a combustão.
O estudo da LeasePlan “Car Cost Index”, divulgado em dezembro de 2022, conclui que é mais barato ter um veículo elétrico do que um veículo equiparado a combustão. No caso específico de Portugal, os encargos mensais podem ser até 38% inferiores face a modelos movidos a gasolina ou gasóleo.
Os preços dos carregamentos são também inferiores relativamente aos custos de abastecimento de um veículo a combustão. De acordo com este estudo, os custos de carregamento representam 15% do custo total de propriedade de um veículo elétrico, enquanto, para os condutores de veículos a gasolina e gasóleo, o valor é de 23% e 28%, respetivamente.
Analisado o segmento D1 (médios familiares), o mais popular nas frotas das empresas, segundo a LeasePlan, conclui-se que, em média, o custo mensal de um veículo elétrico é de 898€, o de um veículo da mesma gama a gasóleo é de 1.364€ e o de um veículo equiparado a gasolina, de 1.466€. São diferenças de 34% e de 38,7%, respetivamente. Os híbridos plug-in custam mensalmente, em média, 1.289€. São exemplos de automóveis deste segmento o VW Passat, o Hyunday Ioniq5 e o Ford Kuga.
O estudo, que reflete a realidade de 22 países europeus, tem em conta os vários custos de ter um automóvel, tais como a energia ou combustíveis, impostos, encargos com financiamento, seguros, manutenção e a depreciação do valor dos veículos. É assumido que o carro é detido durante quatro anos, percorrendo em média 30 mil quilómetros por ano.
A mesma tendência verifica-se nos restantes segmentos comerciais, com os elétricos a serem cada vez mais competitivos, conclui a LeasePLan.
Se fizermos uma análise comparativa a todo o ciclo de vida útil, concluímos que o veículo elétrico é, em média, entre 66% a 69% menos poluente do que os veículos a gasolina (fonte International Council on Clean Transportation); acresce o facto de, em Portugal a produção de eletricidade ser cada vez mais proveniente de fontes renováveis (em média, o mix energético é de 50%, mas há dias em que atinge os 80% - https://app.electricitymap.org/zone/PT)
Com um veículo elétrico, não há necessidade de combustíveis líquidos ou mudanças de óleo. De facto, os custos de manutenção associados ao motor de combustão interna são eliminados, o que representa uma poupança enorme na carteira do utilizador.
Confira no vídeo as vantagens de aderir à mobilidade elétrica, no dia-a-dia, na cidade.
Foi utilizado um veículo de gama média, matriculado em 2020, para esta comparação. Os resultados analisam todo o ciclo de vida útil do veículo, desde a sua produção (fonte: Transport & Environment).
Elétrico
Produz, em média, 84 g de CO2 por quilómetro.
Uma das coisas que mais se nota quando se conduz um veículo elétrico é o silêncio, que torna a experiência mais relaxante.
Elétrico
A potência máxima está disponível assim que se acelera o veículo
A manutenção do veículo elétrico é bastante mais simples: não tem óleo de motor para substituir nem velas e, devido à travagem regenerativa, os travões e os pneus são bastante poupados.
Elétrico
Segundo o estudo “Comparação com outras opções de carregamento e de motorização”, da ERSE, gasta, em média, entre 1,96€ e 3,29€ para carregar 100 km em casa e entre 6,28€ e 6,76€ num carregamento na rede Mobi.E
Foi utilizado um veículo equivalente a gasóleo e a gasolina, matriculado em 2020.
Gasóleo
Produz, em média, 233 g de CO2 por quilómetro.
Gasolina
Produz, em média, 253 g de CO2 por quilómetro.
O ruído do motor é uma constante quando se conduz um veículo a gasolina e ainda é mais notório num veículo a gasóleo.
Gasóleo/Gasolina
A aceleração é feita de forma progressiva através da caixa de velocidades
Num veículo a combustão, o óleo de motor tem de ser substituído (a cada 10.000 quilómetros), além das pastilhas de travão, pneus e velas do motor. Em média, os gastos anuais de manutenção triplicam.
Gasóleo
Em média, gasta 9,49€ para percorrer cerca de 100 quilómetros, considerando um consumo de 6 litros
Gasolina
Em média, gasta 12,28€ para percorrer cerca de 100 quilómetros, considerando um consumo de 7 litros
